Incluir é preciso

Incluir é preciso

Em 21 de setembro é comemorado o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência, data extremamente importante para a criação de políticas públicas que visam incluir cada vez mais essas pessoas com igualdade e respeito. 

É uma forma de fazer valer a integralização desses indivíduos em toda sociedade de maneira igualitária, desmistificando preconceitos, conforme afirma Cristiane Lico Pieroni, Analista de RH e responsável técnica pelo Projeto Mackenzie de Inclusão (PMI).

Deficiências e o combate ao preconceito
Segundo Cristiane, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no CENSO 2010, fonte mais atualizada no momento, temos a deficiência visual como a mais encontrada, seguida pela motora, que juntas representam aproximadamente 60% do total de pessoas que se declararam com algum tipo.
Por isso, o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência se mostra como necessário para auxiliar na inclusão dessas cidadãos em sociedade os quais ainda sofrem pelo chamado capacitismo. 

“O capacitismo é o preconceito ou discriminação da pessoa com deficiência, quando a sociedade a enxerga como incapaz de realizar as atividades rotineiras da vida, de trabalho, participação em eventos e atividades de lazer com autonomia. Uma das formas de manifestar o capacitismo é a utilização de termos pejorativos como aleijado, louco, inválido e outros”, explica Cristiane.

Devido a não conviver ou conhecer com indivíduos que possuem alguma incapacidade autônoma, a sociedade constrói a imagem de que estes são seres vulneráveis e dependentes, assim é preciso modificar essa visão. 
Com o acesso à informação, falando cada vez mais das possibilidades e formas de acessibilidade a pessoa com deficiência, auxiliamos na redução da discriminação e, também, do preconceito.

Com a Lei Brasileira de Inclusão, hoje o preconceito em sua forma explícita passou a ser crime, com reclusão de até 3 anos e pagamento de multa.  

Formas de gerar mais acessibilidade
Gerar acessibilidade para uma pessoa portadora de deficiência não é apenas construir formas arquitetônicas melhores nos lugares para que ela possa frequentar. Mas, abrir as portas e possibilidades para que esse público possa se desenvolver.

Ter mais vagas de trabalho, específicas para esse grupo pode fazer a diferença. “A melhor maneira de incluir a pessoa com deficiência na sociedade é a partir do trabalho, já que ter um emprego decente é bom para todos. Para ela porque se desenvolve, constrói uma carreira e aumenta sua chance de crescimento e de ter uma remuneração cada vez melhor, suprindo melhor suas necessidades e de sua família”, comenta Cristiane.

Além disso, as empresas também saem ganhando, por possibilitar a criação de novos nichos de negócios com demandas específicas. Segundo Cristiane, é essencial que a pessoa com deficiência seja contratada para funções em que sejam dadas as condições para entrega de suas atividades.

“As ações afirmativas são de fundamental importância uma vez que as pessoas com deficiência têm um histórico de exclusão e se não fosse por elas até hoje muitas não teriam como frequentar escolas ou conseguir um emprego no mercado formal”, completa a Analista de RH e responsável técnica pelo Projeto Mackenzie de Inclusão (PMI).