08 de agosto: Dia Nacional de Combate ao Colesterol

08 de agosto: Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Comemorado em 8 de agosto, o Dia Nacional de Combate ao Colesterol traz um alerta para os riscos de doenças. O descontrole do colesterol pode levar ao infarto e a insuficiência cardíaca. Hoje, há cerca de 10 milhões de pessoas no mundo acometidas pelo colesterol.

O colesterol é um conjunto de gorduras necessário para o organismo exercer algumas funções, como a produção de determinados hormônios. Portanto, precisamos dele, mas é preciso ingeri-lo de forma equilibrada para manter as taxas regulares. 

Os valores considerados normais devem ser estar em torno de 200mg/dL; Ligeiramente altos quando estão entre 200 e 239 mg/dL e altos quando estão acima de 240 mg/dL.

Quando em desequilíbrio no organismo, o colesterol torna-se fator de risco vascular, e aumenta a incidência de AVC, de morte súbita e doença coronariana. As doenças cardiovasculares são as principais responsáveis pelos óbitos registrados anualmente no Brasil. O desenvolvimento dessas doenças está associado a diversos fatores de risco, tais como: obesidade, aumento do colesterol, pressão alta, diabetes e tabagismo, que podem ser controlados com alimentação saudável e prática de atividades físicas. 

Além desses fatores, a hereditariedade pode determinar um colesterol alto mesmo em pessoas que tenham hábitos saudáveis, por isso, além da prática de atividade física e da alimentação equilibrada é importante verificar regularmente as taxas de gordura no sangue e, se necessário, utilizar medicamentos sob prescrição e acompanhamento médico.

Desvendando os tipos de colesterol

Há dois tipos de colesterol: o HDL, considerado “colesterol bom”, e o LDL, denominado de “colesterol ruim”. Cada grupo pode contribuir para a redução ou aumento dos índices. 

LDL colesterol: Lipoproteinas de Baixa Densidade (LDL-c) – responsáveis pelo transporte de colesterol, produzido pelo fígado, para as células, onde serão utilizadas.

Se existir excesso de LDL-c na circulação, sem aproveitamento pelas células, aumenta o risco de aterosclerose (entupimento das artérias pela gordura). Por isso o LDL-c é chamada de “mau” colesterol.

HDL colesterol: Lipoproteinas de Alta Densidade (HDL-c) – responsáveis por retirarem o excesso de colesterol da circulação, levando de volta para o fígado. Por tal eficiência ele é considerado como “bom” colesterol. A função do HDL-c é carregar o colesterol de outras partes do corpo de volta para o fígado. O fígado, então, vai remover essa gordura do organismo. O fígado pode excretar ou reutilizar estas HDL-c.

Como tratar o colesterol?

Pacientes que têm níveis muito altos de colesterol LDL precisam fazer dieta com baixo teor de gorduras consideradas ruins (saturadas). Associada a exercício físico aeróbico regular, podem reduzir entre 15 a 20% os níveis desse tipo de gordura no sangue e, consequentemente, atenuar as chances de complicações, como o infarto.

Alguns pacientes precisam, além da modificação de estilo de vida, de medicamentos específicos para reduzir o colesterol ruim.

Entre os medicamentos prescritos para o tratamento do colesterol, estão:

As estatinas, que reduzem o risco de mortalidade em pessoas com alto risco de doença cardiovascular. As opções existentes no mercado são: sinvastatina, atorvastatina, pravastatina, rosuvastatina, lovastatina, fluvastatina e pitavastatina.

Sequestradores dos ácidos biliares, este grupo inclui substâncias tais como colestiramina e colestipol, que reduzem os níveis de colesterol através do aumento da excreção do ácido biliar.

Ezetimiba, que reduz a quantidade de colesterol e de triglicérides no sangue. 

Os fibratos, que são opções de escolha nas hipertrigliceridemias. Após sua absorção, os fibratos são metabolizados pelo fígado, utilizando isoenzimas P450 não compartilhadas pelas estatinas. São eles: fenofibrato, genfibrozila, bezafibrato, ciprofibrato e clofibrato.

Medidas preventivas são a melhor opção

O estilo de vida está ligado aos hábitos alimentares e ao grau de atividade física, fatores que influenciam diretamente a saúde da população. É importante ter um estilo de vida saudável, praticar exercícios físicos e ter uma dieta equilibrada como parte da rotina.

Não é necessário restringir totalmente determinados alimentos, o ideal é manter um equilíbrio entre essas escolhas e entender o que pode contribuir para o bom funcionamento do corpo.

Fonte: Hospital do Coração

Crédito da imagem: iStock