1ª a 7 de novembro: Semana Nacional de Prevenção ao Câncer Bucal

1ª a 7 de novembro: Semana Nacional de Prevenção ao Câncer Bucal
A Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal tem como objetivo estimular ações preventivas e campanhas educativas relacionadas ao câncer bucal; promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral aos portadores de câncer bucal; apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol do controle do câncer bucal; e difundir os avanços técnico-científicos relacionados ao câncer bucal.

Para o Sistema de Conselhos Regionais de Odontologia, o maior desafio no combate ao câncer bucal é a desinformação sobre a doença, daí a importância da divulgação de informações confiáveis oportunizadas por essa Semana Nacional.

Você sabe o que é o câncer bucal?

O câncer de boca, também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral, é um tumor maligno, que atinge a estrutura bucal (gengivas, bochechas, palato e a língua).

A parte posterior da língua, as amígdalas e o palato fibroso fazem parte da região chamada orofaringe e seus tumores têm comportamento diferente do câncer de cavidade oral.

O diagnóstico precoce é o fator principal para cura da doença, o que representa 95% de chance. Quando o paciente apresenta alguma sintomatologia como dor ou dificuldade de mover a língua, significa que o câncer já está em um estágio mais avançado e a chance de cura cai para 45%.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que o câncer bucal é mais comum em homens com idade acima dos 40 anos. Estima-se 11.180 casos novos da doença em homens e 4.010 em mulheres para cada ano do triênio 2020-2022. As regiões Sudeste e Sul apresentam as maiores taxas de incidência e de mortalidade da doença.

Sinais e sintomas mais relatados

  • Lesões na cavidade oral ou nos lábios, que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramento e estejam crescendo;
  • Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas;
  • Nódulos no pescoço;
  • Rouquidão persistente.
  • Nos casos mais avançados, observa-se:
  • Dificuldade de mastigar e de engolir;
  • Dificuldade na fala;
  • Sensação de que há algo preso na garganta;
  • Dificuldade para movimentar a língua.

Fatores que aumentam o risco do câncer de boca

  • Exposição ao sol sem proteção;
  • Excesso de gordura corporal;
  • Exposição a óleo de corte, amianto, poeira de madeira, poeira de couro, poeira de cimento, de cereais, têxtil e couro, amianto, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxico;
  • Trabalhadores da agricultura e criação de animais, indústria têxtil, de couro, metalúrgica, borracha, construção civil, oficina mecânica, fundição, mineração de carvão, assim como profissionais cabeleireiros, carpinteiros, encanadores, instaladores de carpete, moldadores e modeladores de vidro, oleiros, açougueiros, barbeiros, mineiros, canteiros, pintores e mecânicos de automóveis;
  • Infecção pelo vírus HPV está relacionada a alguns casos de câncer de orofaringe;
  • Tabagismo - quem fuma cigarro ou utiliza outros produtos derivados do tabaco, como cigarro de palha, de Bali, de cravo ou kreteks, fumo de rolo, tabaco mascado, charutos, cachimbos e narguilé, entre outros, tem risco muito maior de desenvolver câncer de boca e de faringe do que não fumantes. Quanto maior o número de cigarros fumados, maior o risco de câncer.

Para diminuir os riscos de doenças múltiplas, aumentar a longevidade e evitar a perda da qualidade de vida, sugere-se uma dieta rica em legumes, verduras e frutas, visitas periódicas a médicos especializados e também ao dentista, uma vez que a saúde bucal não pode ser ignorada.

Recomenda-se, também, a prática de hábitos saudáveis, como exercícios físicos regulares, boas horas de sono e ingestão abundante de água.

Fontes: bvsms.saude.gov.br / drrafaelsato.com.br
Crédito da imagem: iStock.com.br/bymuratdeniz