27 de setembro: Dia Nacional da Doação de Órgãos

27 de setembro: Dia Nacional da Doação de Órgãos

Em 27 de setembro comemora-se o Dia Nacional da Doação de Órgãos. A data, instituída pela Lei nº 11.584/2007, visa conscientizar a sociedade sobre a importância da doação e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto. 

Apesar da ampliação da discussão do tema nos últimos anos, trata-se ainda de um assunto polêmico e de difícil entendimento, resultando em um alto índice de recusa familiar. 

Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificou três motivos principais para essa alta taxa de recusa, que não ocorre só no Brasil: 

- Incompreensão da morte encefálica;

- Falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte;

- Religião.

Muitas vezes, o transplante de órgãos pode ser única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação. 

O Sistema Único de Saúde (SUS) tem o maior programa público de transplante do mundo, no qual cerca de 87% dos transplantes de órgãos são feitos com recursos públicos, e ajuda cada vez mais pessoas a terem uma vida melhor.

Mas, para continuar assim, é preciso que a população se conscientize da importância do ato de doar um órgão. Por isso, se você quer ser doador de órgãos, avise à sua família.

Transplante de órgãos e tecidos

O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto.

A legislação em vigor determina que a família será a responsável pela decisão final, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade.

A pessoa maior de idade e capaz juridicamente pode doar órgãos a seus familiares. No caso de doador vivo não aparentado é exigida autorização judicial prévia.

Entre os órgãos e tecidos que podem ser obtidos de um doador vivo, estão: um dos rins, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões.

Para doar em vida, o médico deverá avaliar a história clínica da pessoa e as doenças prévias. A compatibilidade sanguínea é primordial em todos os casos. Há também testes especiais para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso.

Após efetivada a doação, a Central de Transplantes do Estado é comunicada e através do seu registro de lista de espera seleciona seus receptores mais compatíveis.

Já a doação de órgãos de “não vivos” são os pacientes assistidos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com quadro de morte encefálica, ou seja, morte das células do Sistema Nervoso Central (SNC), que determinam a interrupção da irrigação sanguínea ao cérebro, incompatível com a vida, irreversível e definitivo. 

Confira os órgão e tecidos que podem ser doados, neste caso:

- Órgãos: rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino.

- Tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias.

Fontes: Associação Brasileira de Transplante de Órgãos / Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais, Banco de Órgãos e Transplantes / Ministério da Saúde / Prefeitura de Caxias do Sul / Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Crédito da imagem: iStock