A importância do hormônio do crescimento

A importância do hormônio do crescimento

Quando criança é comum os pais se preocuparem com o desenvolvimento de seus filhos. Um dos responsáveis por influenciar nesse processo é o GH (Growth Hormone), popularmente conhecido como o hormônio do crescimento. 

Além de ajudar no desenvolvimento de altura e características físicas, ele também atua no funcionamento do metabolismo. Entenda a importância do GH para a saúde.

O que é o hormônio do crescimento?
Segundo a Dra. Cristiane Kochi, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP), o GH (Growth Hormone) é um hormônio, produzido na hipófise, glândula que fica dentro do cérebro. 

É responsável por estimular o crescimento na cartilagem dos ossos, células, além de ações que promovem o aumento de massa magra (massa muscular), metabolismo das proteínas, gorduras e açúcar.

Devido a todas essas atividades, o GH  tem grande importância para o organismo. Na infância, auxilia no desenvolvimento físico, sendo perceptível no aumento da estrutura corporal. 

Malefícios da falta do GH e indicações para reposição
Segundo Dra. Cristiane, a falta do GH na infância afeta a redução da velocidade de crescimento, acúmulo de gordura, principalmente no tronco e, em bebês, pode haver queda da glicose no sangue.

A médica ainda explica que a reposição desse hormônio, anteriormente, foi preconizada para pacientes com deficiência, mas há outras situações que aplicação de GH é indicada.

“Atualmente, outras situações clínicas que cursam com baixa estatura já têm a aprovação para sua utilização, como a síndrome de Turner, crianças que nasceram pequenas para idade gestacional e não recuperaram a estatura, doença renal crônica entre outras. A prática de exercício físico junto às horas de sono adequadas estimulam também a produção saudável desse do GH”, afirma.

Como é feito o tratamento para reposição?
O tratamento é realizado por meio de injeções diárias que são aplicadas antes de dormir. A dose é administrada em regiões subcutâneas, ou seja, na parte da gordura da coxa, braço, nádegas ou abdômen. Dra. Cristiane ainda ressalta a importância do acompanhamento com o médico endocrinologista.

“A dose do hormônio deve ser calculada de acordo com o peso da criança e a sua reposição deve ser monitorada tanto clinica quanto laboratorialmente. A adesão ao processo é fundamental  para que o resultado seja alcançado. Entre as contraindicações para aplicação do GH, estão: tumores em atividade no momento da indicação do tratamento; pacientes com retinopatia diabética (doença da retina causada por diabetes) proliferativa ativa ou não proliferativa grave; pacientes críticos (pessoas em unidade de terapia intensiva, pós-operatório entre outros)”, finaliza a endocrinologista da SBEM-SP.

Crédito da imagem: Freepik.com