Aids: uma luta com vitórias!

Aids: uma luta com vitórias!

Todos os anos, celebramos em 1º de dezembro o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Esta data constitui uma oportunidade para apoiar as pessoas envolvidas na luta contra o HIV e melhorar a compreensão do vírus como um problema de saúde pública global.

O grande objetivo é a desconstrução do preconceito sobre as pessoas vivendo com HIV/Aids e a conscientização dos jovens sobre comportamentos seguros de prevenção.

A Aids, sigla em inglês para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome), é uma doença do sistema imunológico humano resultante da infecção pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana – da sigla em inglês).

A Aids se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, com o organismo mais vulnerável ao aparecimento de doenças oportunistas, que são doenças que normalmente o corpo humano controla, mas que na presença do HIV elas se manifestam com maior frequência. Entre elas estão tuberculose, toxoplasmose ou alguns tipos de câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado com a presença do vírus HIV no organismo.

O organismo humano reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.

Entre as células de defesa do organismo humano estão os linfócitos T CD4+, principais alvos do HIV. São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante de bactérias, vírus e outros micróbios agressores que entram no corpo humano.

O vírus HIV, dentro do corpo humano, começa a atacar o sistema imunológico ligando-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começa a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem Aids. Antes, este momento marcava o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus. Na atualidade (desde 2014) a indicação é de iniciar o tratamento imediatamente após o diagnóstico.

Há alguns anos, receber o diagnóstico de Aids, ou um resultado positivo para um exame de HIV, era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. 

Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Os medicamentos atuais também garantem eficácia para quase todas as pessoas que desenvolveram Aids.

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a Aids. Há muitos soropositivos (isto é, pessoas que têm o HIV no seu corpo, mas sem apresentar sintomas) que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, pois seguem o tratamento adequadamente. Se não estiverem em tratamento eficaz, podem transmitir o vírus a outras pessoas, além de arriscar a saúde.

Durante a infecção inicial, uma pessoa pode passar por um breve período doente, com sintomas semelhantes aos da gripe. Normalmente isto é seguido por um período prolongado sem qualquer outro sintoma. À medida que a doença progride, ela interfere mais e mais no sistema imunológico, tornando a pessoa muito mais propensa a ter outros tipos de doenças oportunistas, que geralmente não afetam as pessoas com um sistema imunológico saudável.

Cabe ressaltar o conceito do termo indetectável = intransmissível para pessoas vivendo com HIV, no qual, aquelas pessoas que estejam com carga viral do HIV indetectável há pelo menos seis meses, não transmite o vírus por via sexual. O termo Indetectável = Intransmissível (I = I) já é utilizado por cientistas e instituições de referência sobre o HIV em abrangência mundial.

A transmissão pode ocorrer por:

- Relação sexual sem uso de preservativo;

- Da mãe para o bebê por meio da placenta e amamentação;

- Contato com sangue infectado;

- Uso de agulha, seringa ou instrumentos cortantes infectados;

- Transfusão de sangue;

Entre os principais sintomas estão:

- Garganta arranhada;

- Tosse seca;

- Dor nos músculos;

- Dor nas juntas;

- Dor de cabeça;

- Bolinhas vermelhas ou feridas na pele;

- Diarreia, náusea ou vômito;

- Espessamento das unhas.

A prevenção é o único caminho possível para a erradicação da doença!

Fonte: giv.org.br

Crédito da imagem: iStock.com/MicroStockHub