Alimentação inadequada causa graves problemas de saúde
Em 16 de outubro comemora-se o Dia Mundial da Alimentação. Para muitos países em desenvolvimento, como o Brasil, é tempo de avaliar e buscar meios para a erradicação da fome e da pobreza, já que o problema vem se agravando.
Para se ter uma ideia, o número de famintos teve um incremento recente de 105 milhões, passando a alcançar um bilhão de pessoas em todo o mundo, segundo informa a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Para combater a fome, a FAO prevê a necessidade de aumentar a produção alimentícia em 70%, a fim de alimentar os cerca de 2,3 bilhões de pessoas a mais que teremos no mundo até 2050.
A riqueza alimentar do nosso País não alcança o cardápio de boa parte da população. A principal causa é, sem dúvida, a desigualdade social.
A alimentação inadequada é responsável por desencadear problemas de saúde graves, como a obesidade. De acordo com o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), 40 milhões de crianças menores de cinco anos estão com sobrepeso. O número de crianças e adolescentes em idade escolar com esse problema é também assustador, sendo estimado em 339 milhões de pessoas. Já os adultos obesos são cerca de 672 milhões.
Segurança alimentar: direito de todos
Todos os indivíduos deveriam ter segurança alimentar, que é uma alimentação saudável, acessível, de qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente.
Pelo estudo feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssam), menos da metade dos domicílios brasileiros (44,8%) tem os moradores em segurança alimentar. Os demais 55,2% se encontravam em insegurança alimentar (IA) sendo 9% deles em situação de fome. A pior condição está nos domicílios de área rural, onde a fome chega a 12%. Em outras palavras, do total de 212 milhões de brasileiros, 116,8 milhões convivem com algum grau de insegurança alimentar. Destes, 43,4 milhões não têm alimentos suficientes para suprir necessidades nutricionais e 19 milhões passam dias sem ter o que comer.
Tudo isso acontece em um país que carrega o título de ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Somente no ano passado, a produção de grãos bateu 255,4 milhões de toneladas, 5% a mais do que no ano passado. Isso significa 255.400.000.000 quilos de grãos. Some-se a isso 4,3 milhões de toneladas de suínos e mais de 13 milhões de toneladas de frango produzidos e um rebanho bovino de 218,2 milhões de cabeças. Boa parte dessa produção acaba nos portos vendida a países que pagam bem por produtos de qualidade.
É preciso repensar os hábitos alimentares e lutarmos juntos pelo acesso de todos à uma alimentação de qualidade. O desperdício também pode e deve ser evitado.
Pequenas atitudes fazem o mundo melhor.
Fontes: mundoeducacao.uol.com.br / asbran.org.br / istoedinheiro.com.br
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