Artrite reumatoide: medidas simples proporcionam melhor qualidade de vida

Artrite reumatoide: medidas simples proporcionam melhor qualidade de vida
A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta as membranas sinoviais (fina camada de tecido conjuntivo) de múltiplas articulações (mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés, ombros, coluna cervical) e órgãos internos, como pulmões, coração e rins, dos indivíduos geneticamente predispostos. A progressão do quadro está associada a deformidades e alterações das articulações, que podem comprometer os movimentos.

Não se conhecem as causas da doença, que afeta duas vezes mais as mulheres do que os homens entre 50 e 70 anos de idade. 

Os sintomas podem ser insidiosos e comuns a outras enfermidades ou ocorrer abrupta e simultaneamente. Os mais comuns são rigidez matinal que regride durante o dia, mal-estar, diminuição do apetite, perda de peso, cansaço, febre baixa, inchaço nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés, que se deformam com a evolução da doença.

Quanto mais cedo for diagnosticada a artrite reumatoide e iniciado o tratamento, melhor será o prognóstico. Embora ainda não se conheçam os recursos para a cura definitiva, é possível obter a remissão dos sintomas, preservar a capacidade funcional e evitar a progressão das deformidades.

O tratamento medicamentoso inclui analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINE), cortiscoroides e drogas imunossupressoras, como o metrotrexato e a ciclosporina. Alguns medicamentos mais recentes, desenvolvidos através de tecnologias baseadas na biologia molecular, trazem novas possibilidades terapêuticas.

Qualidade de vida para os acometidos

De acordo com a médica reumatologista e presidente da Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro, Dra. Sema Merenlender, a artrite reumatoide não é uma sentença de morte. Existem medicamentos que ajudam a preservar as articulações e o tratamento correto pode até levar à remissão, que é a vida sem sintomas.

Algumas medidas simples, inseridas na rotina dos pacientes podem proporcionar uma boa qualidade de vida, como por exemplo, controlar o peso para não sobrecarregar as articulações e, ainda, reduzir as chances de ter cardiopatias. Para isso, é preciso cuidar da alimentação, que deve ser suplementada com vitamina D e cálcio conforme orientação médica para favorecer o metabolismo ósseo e ajudar a impedir a osteoporose induzida pelo tratamento com cortisona e outros medicamentos; praticar atividade física regularmente também é fundamental.

A especialista explica que o uso prolongado de corticoide também aumenta as chances de infecções periodontais, por isso é essencial consultar um dentista regularmente e manter bons hábitos de higiene bucal.

Outras medidas como trocar as maçanetas redondas por puxadores nas portas, trocar o zíper e o botão das roupas por velcro, usar canetas mais grossas e pesadas e não deixar muitos móveis e tapetes e fios espalhados pela casa

Fontes: drauziovarella.uol.com.br / sanofi.com.br
Crédito da imagem: iStock.com/Kobus Louw