Cinco fatos sobre o câncer de mama que toda mulher precisa saber

Cinco fatos sobre o câncer de mama que toda mulher precisa saber

Câncer de mama é o segundo tipo que mais mata mulheres no Brasil, ficando atrás apenas dos cânceres de pele do tipo não melanoma. Segundo informações da Fiocruz, quando descoberta no início, a doença tem 95% de chance de cura. “Esse prognóstico é um acalanto para as mulheres, porque os tratamentos estão cada dia mais avançados. Porém, é preciso que o acesso aos exames, como ultrassonografia mamária e mamografia, sejam universalizados”, diz a mastologista com especialização pelo Instituto Europeu de Oncologia, com sede em Milão, ginecologista e obstetra, membro do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, Dra. Mariana Rosario.

Ela listou cinco importantes fatos sobre o câncer de mama que toda mulher precisa saber, veja a seguir: 

1. O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo – e também no Brasil – sem contar os cânceres de pele não melanoma. É, também, o tipo de câncer que mais mata mulheres em todo o mundo.

2. O câncer de mama pode ser hereditário ou ocasional. Assim, mulheres que não têm parentes com a doença também podem ser acometidas por elas. 

3. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade, visando ao diagnóstico precoce e a redução da mortalidade. Tal medida difere das recomendações atuais do Ministério da Saúde (MS), que preconiza o rastreamento bianual, a partir dos 50 anos, excluindo dos programas de rastreamento uma faixa importante da população (mulheres entre 40-49 anos), responsável por cerca de 15-20% dos casos de câncer de mama. Quando há casos de câncer de mama na família, a situação muda: as mulheres precisam ser investigadas dez anos antes da idade em que apareceu o câncer em sua parente. Para que se entenda melhor, se sua mãe, tia ou irmã teve câncer de mama aos 30 anos, você deverá fazer mamografia a partir dos 20 anos.

4. O autoexame não substitui exames como a ultrassonografia mamária e a mamografia. Na palpação, quando uma paciente percebe um nódulo, ele já tem tamanho considerado grande para o tratamento inicial. Já os exames de imagem conseguem diagnosticar microcalcificações e nódulos bem pequenos, permitindo maiores chances de sucesso no tratamento.

5. O que ajuda na prevenção do câncer de mama é o estilo de vida adotado – e não exames. Para que se entenda melhor, exames são formas de se diagnosticar doenças – por isso, são importantíssimos e indispensáveis. No caso do câncer de mama, quanto mais cedo a doença é diagnosticada, maior é a chance de o tratamento levar à cura da paciente. Mas, realizar exames não significa que uma mulher não desenvolverá a doença. Já o estilo de vida pode interferir no desenvolvimento do câncer de mama. Mulheres que fumam, são obesas, usam álcool em excesso e fazem terapia de reposição hormonal por tempo prolongado têm mais chance de desenvolver a doença. Portanto, adotar boa alimentação, controlar o peso e praticar atividades físicas regulares, mantendo-se longe do cigarro e do álcool, podem ajudar na prevenção da doença.

Crédito da imagem: Mariia Malysheva/iStock.com