Dia Internacional do Trabalhador: o papel dos profissionais de saúde no combate à covid-19

Dia Internacional do Trabalhador: o papel dos profissionais de saúde no combate à covid-19

Valorizar o trabalhador, a realização de um ofício e as garantias essenciais as quais todas as pessoas que trabalham têm direito é a proposta do Dia Internacional do Trabalhador, uma data histórica que tem origem nos Estados Unidos, quando em 1886 empregados foram às ruas para reivindicar redução da carga horária máxima de trabalho por dia. 

Na linha de frente do combate ao novo coronavírus há mais de um ano, os profissionais de saúde vivem um momento desafiador em suas profissões e vidas. Ao mesmo tempo em que sentem-se honrados por contribuir com a saúde da população durante a pandemia, o  ofício faz com que eles lidem diariamente com cada vez mais pessoas infectadas pelo vírus, colocando a própria saúde em risco, e com a grande demanda de trabalho nos hospitais públicos e privados, que registram altas taxas de ocupação de UTIs e falta de equipamentos necessários de proteção e para os cuidados com os pacientes. Sem contar os recordes de mortes de infectados a cada dia. 

De acordo com os resultados da pesquisa “Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19”, realizada pela Fiocruz em todo o país, a pandemia alterou de modo significativo a vida de 95% desses trabalhadores. Os dados revelam, ainda, que quase 50% admitiram excesso de trabalho ao longo desta crise mundial de saúde, com jornadas para além das 40 horas semanais, e um elevado percentual (45%) deles necessita de mais de um emprego para sobreviver.

Dados do Ministério da Saúde apontam que pelo menos 484.081 dos profissionais de saúde do país haviam tido infecção pelo novo coronavírus confirmada até 01 de março deste ano, sendo que 470 morreram - resultando em 1,3 morte por dia, ou uma a cada 19 horas.

Equipe multiprofissional
Enfermeiros e médicos costumam ser os profissionais mais lembrados no combate à covid-19, inclusive pelos pacientes e seus familiares, que sentem-se agradecidos quando a alta médica é confirmada. Entretanto, uma equipe multiprofissional está por trás dos cuidados dedicados ao paciente, que costuma evoluir melhor no tratamento quando profissionais de diferentes frentes se unem para prezar pela sua saúde e bem-estar.

Os médicos são responsáveis pelo diagnóstico, por realizar o exame físico e orientar o melhor tipo de tratamento e medicação para o paciente. O fisioterapeuta tem a responsabilidade de manusear o respirador e dar toda assistência para que a pessoa tenha melhora em suas funções pulmonares. Enfermeiros fazem as intervenções e coordenam as equipes de técnicos e auxiliares de enfermagem - esses com a responsabilidade de aplicar medicações, higienizar pacientes e realizar outros procedimentos de cuidados. 

Os psicólogos oferecem suporte emocional aos profissionais infectados e acompanhamento psicológico aos acometidos e familiares próximos. Já os farmacêuticos orientam e dão esclarecimentos sobre as medicações prescritas pelos médicos e sobre os cuidados com o paciente. Os nutricionistas indicam a melhor dieta para os indivíduos internados, orientando-os a manterem uma alimentação saudável em todos os momentos, preservando a boa saúde. 

A pesquisa realizada pela Fiocruz, com 25 mil participantes, em mais de dois mil municípios brasileiros, revela ainda que a força de trabalho durante a pandemia é principalmente feminina (77,6%). A maior parte da equipe é formada por enfermeiros (58,8%), seguida pelos médicos (22,6%), fisioterapeutas (5,7%), odontólogos (5,4%) e farmacêuticos (1,6%), com as demais profissões correspondendo a 5,7%.

Vamos aproveitar a data para parabenizar e ressaltar o trabalho desses profissionais tão essenciais!

Crédito da imagem: laros - Freepik