Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo

Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência de drogas lícitas, como o álcool e o cigarro, ou ilícitas, como a maconha, a cocaína e o crack, é considerada uma doença, um problema de saúde pública que, em todo o mundo, preocupa diversos países por impactar diretamente em seus valores culturais, sociais, econômicos e políticos.

Um relatório publicado em junho de 2020 pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) mostra que, em todo o mundo, cerca de 269 milhões de pessoas utilizaram drogas em 2018, 30% a mais quando comparado aos dados de 2009, e mais de 35 milhões de pessoas sofrem transtornos associados ao seu uso.

Com a pandemia da covid-19, uma preocupação maior vem espantando os especialistas, já que a alta do desemprego pode ter tornado as camadas mais pobres da população mais vulneráveis ao uso de drogas. Além disso, durante o isolamento social foi registrado aumento do consumo de álcool, o que levou a OMS a manifestar sua preocupação com o tema em seu site, com um artigo que enfatiza que o "álcool não protege contra a covid-19 e seu acesso deve ser restrito durante o confinamento”. 

O Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, comemorado em 20 de fevereiro, foi criado para alertar a população sobre os males que o uso dessas substâncias químicas podem causar à saúde e também à sociedade. 

Quando consumido em excesso, de maneira a ser caracterizada como dependência, o álcool pode causar lesões e sequelas ao organismo que mesmo com tratamento podem não ser remediadas. O fígado, as regiões do cérebro responsáveis pelo controle dos movimentos, a memória, a capacidade de raciocínio e de concentração são as partes mais afetadas pelo álcool. Fatores como ansiedade, angústia e insegurança podem servir como gatilhos para que uma pessoa passe a consumir bebidas alcoólicas em excesso. 

Já o uso de drogas ilícitas pode provocar, em longo prazo, consequências graves, como mudanças no funcionamento do coração, do fígado, pulmões e do cérebro. Com o passar do tempo, o organismo do dependente se habitua ao consumo e sente cada vez mais necessidade de doses maiores da droga para desencadear os mesmos efeitos - consequência que pode ocasionar até mesmo morte por overdose.

Existe solução
Mesmo com o consumo desenfreado do álcool e das drogas em todo o mundo, existe tratamento para quem é dependente e está disposto a se livrar do vício e dos males que as substâncias causam à saúde de forma geral.

E nesse momento de decisão, o apoio de familiares e amigos é de fundamental importância para encorajar o paciente a buscar ajuda médica e psicológica para tratar da doença. Grupos presenciais e virtuais de apoio como o Alcoólicos Anônimos (AA) e o Narcóticos Anônimos (NA) são importantes portas de entrada para o tratamento. Nesses encontros, os membros se ajudam compartilhando suas suas experiências de recuperação da dependência química. 

Por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) é possível realizar tratamento multidisciplinar gratuito - com o apoio de psiquiatra, psicólogo, clínico geral e outros profissionais -  nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS AD).

Conscientize a todos sobre a relevância da data e, também, de oferecer ajuda para quem precisa.

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