Doar sangue: um ato de generosidade!

Doar sangue: um ato de generosidade!
Falar sobre doação de sangue é sempre importante para mobilizar a sociedade em favor desta questão de saúde. Segundo a Fundação Pró-Sangue, a maioria dos indivíduos não sabe a quantidade de vidas que cada pequena bolsa coletada ajuda.

Cada uma delas podem ser divididas em: plasma, hemácias ou glóbulos vermelhos, plaquetas e crioprecipitado. O plasma é utilizado em pacientes com problemas de coagulação; o concentrado de hemácias ou glóbulos vermelhos é utilizado para anemia; o crioprecipitado é usado no tratamento de coagulopatias; e as plaquetas, nos casos de hemorragia em concomitância com quimioterapia nos paciência oncológicos. Por isso, alguns litros têm impacto na vida de diversas pessoas com diferentes condições. 

Porém, por causa do medo, desconhecimento e desinformação, somente 1,9% dos brasileiros contribuem anualmente. 

Por que o brasileiro não doa sangue?

De acordo com a Pró-Sangue isso está relacionado a uma questão cultural. O Brasil nunca passou por grandes guerras e catástrofes (erupções vulcânicas, terremotos, maremotos etc.), portanto a população não desenvolveu esse costume. 

Os defensores dessa teoria têm como base de sustentação as duas grandes guerras que atingiram a Europa no início do século passado. O argumento é que foram grandes conflitos que foram responsáveis pela mudança de comportamento nos europeus. E essa mentalidade perdura até hoje, passando de geração em geração.

Diferentes tipos de doação

Doação voluntária é aquela em que o indivíduo dá seu sangue altruística e solidariamente, isto é, sem se preocupar em saber para quem vai. Já a vinculada é aquela feita para repor a quantidade utilizada no tratamento de um parente ou amigo internado, ou seja, aquela que se faz em nome de alguém.

A doação vinculada era o tipo predominante em nosso país. De alguns anos para cá, esse número deixou de ser o maior, saindo dos 52%, para 35%. Essa mudança tem um viés muito positivo para o Brasil, pois mostra que a cultura da população está mudando e está se tornando mais solidária.

Quem pode doar sangue?

O processo é rápido, simples e seguro e é importante ressaltar que todo material utilizado na coleta é de uso único e descartável, o que elimina qualquer risco de contaminação. Para doar, é preciso:

  • Estar em boas condições de saúde;
  • Ter entre 16 e 69 anos de idade, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 (para menores, verificar os documentos necessários e formulários de autorização);
  • Pesar no mínimo 50 kg;
  • Estar descansado (ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas) e alimentado (evitar alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem o procedimento);
  • Apresentar documento original com foto recente (que permita a identificação do candidato), emitido por um órgão oficial.

Impedimentos temporários

  • Resfriado: aguardar sete dias após desaparecimento dos sintomas;
  • Gravidez;
  • Intervalo de 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana;
  • Amamentação;
  • Ingestão de bebida alcoólica 12 horas antes;
  • Tatuagem no último ano;
  • Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses;
  • Febre amarela recente, vacina para febre amarela e viagens para países com risco de doenças transmissíveis.

Impedimentos definitivos

  • Hepatite após os 11 anos de idade;
  • Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, Aids (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e doença de Chagas.

Mitos sobre a doação de sangue

  • Quem doa sangue uma vez tem que continuar doando pelo resto da vida;
  • A doação “engrossa” o sangue, entupindo as veias;
  • A doação faz o sangue “afinar”, “virar água”, provocando anemia;
  • Doar sangue engorda;
  • Doar sangue emagrece;
  • Doar sangue vicia;
  • Mulheres menstruadas não podem doar sangue;
  • Os doadores correm risco de contaminação;

Verdades sobre a doação de sangue

  • Doar sangue não enfraquece o organismo;
  • Não existem riscos de se contrair doenças durante a doação;
  • Sempre que o sangue coletado apresentar problema, o doador é convidado a comparecer ao hemocentro para refazer os exames;
  • Após o parto, a mulher pode voltar a doar depois de três meses, se o parto for normal, e seis meses, se for cesariana;
  • Durante a gravidez a mulher não pode doar.

Aproveite a data e doe você também! Uma única doação pode salvar até quatro vidas.

Crédito da imagem: iStock.com/FatCamera