Ginecologista: muito mais que uma profissão, um compromisso com a vida

Ginecologista: muito mais que uma profissão, um compromisso com a vida

O médico ginecologista está presente durante toda a vida da mulher, desde a primeira menstruação (no começo da adolescência), passando pela gravidez, e chegando aos anos da menopausa, quando a mulher deixa de produzir óvulos e menstruar.

Este profissional também é o responsável em auxiliar as fases de reprodução da mulher, aconselhando os melhores métodos, caso haja dificuldades para engravidar.

São 110 milhões de mulheres, somente no Brasil. Para alguns, estar ao lado delas é coincidência. Para ginecologistas e obstetras é uma escolha renovada a cada dia.

Num ano de desafios globais, ser ginecologista tem se tornado um desafio cada vez maior – seja superando os próprios limites, defendendo o acesso a serviços de qualidade ou se colocando em risco para trazer uma pessoa ao mundo.

Veja a seguir as dez principais doenças femininas mais comuns entre as brasileiras:

1. Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

Os principais sintomas são: dificuldade para engravidar, diabetes, pelos nos seios, buço e queixo, pele oleosa e acneica, queda de cabelos, obesidade e manchas escuras no pescoço e axilas. A SOP é um problema causado por um desequilíbrio hormonal que forma cistos que modificam os ovários, aumentando-os. A mulher com ovários policísticos ovula menos e tem ciclos menstruais irregulares, tem mais liberação de hormônios androgênios e resistência à insulina (diabetes tipo 2).

2. Câncer de mama

É a segunda maior causa de morte de mulheres no Brasil – perdendo apenas para as doenças cardíacas – e é também o segundo câncer mais comum perdendo apenas para o câncer de pulmão. Não existe uma causa específica conhecida, mas sabe-se que as mulheres que têm caso na família, as que menstruaram muito precocemente, que entraram tardiamente na menopausa e as que nunca amamentaram, estão mais propensas a desenvolver o câncer de mama. O melhor tratamento ainda é a prevenção: autoexame regularmente e mamografia periódica.

3. Cistite ou infecção urinária

Infecção da bexiga que é geralmente causada por uma bactéria comum chamada E.Coli que vive no intestino. Geralmente agride mais as mulheres por terem a uretra mais curta e mais próxima do ânus que os homens. Por isso, a prevenção é utilizar o papel higiênico sempre de frente para trás, tomar bastante água, não segurar urina por muito tempo, ter hábitos regulares de higiene e evitar roupas muito apertadas. Mulheres que trabalham sentadas devem ter especial cuidado.

4. Corrimentos vaginais

Quando claros e sem cheiro, não representam problema algum. Mas se apresentarem cor escura – marrom, cinza ou amarelada, acompanhado de coceira e/ou mau cheiro, deve ser investigado. O corrimento vaginal é facilmente identificado pela portadora, bastando verificar o fundo da calcinha, caso exista alguma das características acima um médico ginecologista deverá ser consultado.

5. Endometriose

O endométrio é o tecido que recobre a parte interna do útero, que se descama e se solta na menstruação e quando esse tecido migra para fora da cavidade uterina e se instala no peritônio ou ovários causando: cólicas menstruais fortes, diarreia, dor pélvica crônica, dor nas relações sexuais – a endometriose pode levar à infertilidade. Não se conhece a causa dessa migração, portanto, não há como prevenir.

6. Candidíase

Causa coceira intensa, corrimento esbranquiçado ou amarelado espesso, ardor ao urinar e nas relações sexuais. Geralmente surge quando o organismo está com baixa imunidade, em uso de antibióticos, anticoncepcionais, corticoides, nas diabéticas e nas portadoras de HPV. Mais conhecida como cândida, esta não é considerada uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), embora seja transmissível ao homem. A prevenção consiste em evitar que os fungos que vivem no organismo cresçam, manter a saúde em boas condições, glicose controlada, evitar roupas apertadas e uso de absorventes internos constantemente.

7. Osteoporose

A osteoporose é a falta de cálcio nos ossos, o que os torna porosos e frágeis. Contribuem negativamente o álcool, fumo e café em excesso. A prevenção consiste em um estilo de vida saudável, alimentação rica em cálcio e exercícios físicos. Estão mais propensas as mulheres brancas, de olhos claros, estatura pequena, sedentárias e no climatério, devido à queda de estrógeno.

8. Depressão

As mulheres têm duas vezes mais chance de desenvolver depressão que os homens. Isso ocorre, em grande parte devido às oscilações hormonais, mas não está restrito somente a essa razão. Os sintomas são extensos sendo os principais a falta de motivação ou de prazer em situações antes prazerosas, o isolamento social, tristeza contínua e sensação de desamparo, irritação, distúrbios do sono e em longo prazo fadiga crônica e fibromialgia.

9. Mioma uterino

Períodos menstruais longos e dolorosos. Fluxo aumentado, anemia, sangramento fora do período menstrual, dores e problemas urinários são alguns dos sintomas do mioma uterino. Assim como a endometriose, a fibrose uterina (mioma) acomete as mulheres em idade fértil. É um tumor benigno composto por tecido uterino e pode permanecer estável por anos e sem causa aparente começar a crescer muito em pouco tempo. Não se conhece as causas de sua formação, porém acometem mais as mulheres negras e as obesas.

10. Papiloma Vírus Humano (HPV)

É uma DST que pode provocar desde verrugas na pele e genitais até o câncer de colo de útero. Existem mais de 100 diferentes tipos de Papiloma Vírus Humano (HPV). A prevenção se dá pelo exame do papanicolau e sexo seguro. Quanto mais cedo for feito qualquer tipo de diagnóstico maior é a chance de cura.

A Oncoprod reconhece e valoriza a trajetória dos ginecologistas que é repleta de abnegação e conquistas.

Fontes: doctormed.com.br / sgorj.org.br / febrasgo.org.br / amp.org.br

Crédito da imagem: iStock.com/peakSTOCK