Junho Vermelho: incentivo para que mais pessoas doem sangue e salvem vidas

Junho Vermelho: incentivo para que mais pessoas doem sangue e salvem vidas

Doar sangue é um ato de solidariedade. Até três vidas podem ser salvas em uma doação em que são coletados 450 ml de sangue, volume que o corpo é capaz de repor em até 72 horas, de modo que o doador não tenha qualquer tipo de problema.

É para incentivar cada vez mais pessoas a praticarem esse gesto solidário e conscientizar a população de que se trata de um ato de amor ao próximo, que existe desde 2015 a campanha Junho Vermelho, uma iniciativa que foi estendida para todo o país pelo Ministério da Saúde (MS). 

Atualmente, 16 a cada mil habitantes do país são doadores de sangue, percentual equivalente a 1,6% da população brasileira e que está de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo informações do MS. Entretanto, o mês de junho é o período em que os bancos de sangue registram a maior baixa em seus estoques e uma queda significativa no número de doações. 

Com a pandemia da covid-19 e o isolamento social necessário para evitar a transmissão do novo coronavírus, a preocupação com a diminuição das doações nessa época do ano se tornou ainda maior: estima-se que só em 2020 os registros de doações de sangue tenham sido 15% a 20% menores do que o total computado em 2019, conforme dados da Agência Brasil. 

Nesse sentido, a campanha Junho Vermelho se tornou ainda mais importante desde o início da pandemia como forma de incentivar cada vez mais pessoas a serem doadores voluntários, ajudando a reverter esse cenário. 

Um processo seguro
A demanda por sangue nunca para. Todo o sangue coletado nos hemocentros é utilizado em pacientes que passam por tratamentos, intervenções médicas, feridos ou em pessoas que sofrem com doenças crônicas graves e que precisam de transfusão ou de reposição de sangue.

E a doação é um processo totalmente seguro, mesmo durante a pandemia. As salas de espera e de coleta, por exemplo, foram redimensionadas para garantir o distanciamento entre as pessoas em muitos bancos de sangue, onde também o agendamento de horário se tornou necessário para quem quer fazer a doação.

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, mais de 50 quilos, estar em boas condições de saúde e ter se alimentado bem antes do procedimento. Quem teve covid-19 também pode praticar esse gesto solidário, desde que aguarde o período de 30 dias após a melhora completa de todos os sintomas da doença. 

Qual caminho o sangue percorre após a doação?

  • Logo após a coleta, o sangue passa por um processo de separação de hemocomponentes;
  • Uma bolsa de sangue se transforma em quatro para que mais de uma pessoa seja beneficiada com a doação, sendo uma bolsa de hemácias, uma de plaquetas, uma de plasma e outra de crioprecipitado;
  • Depois, todas são armazenadas e passam por testes sorológicos e imunohematológicos;
  • Na sequência, são feitos exames de tipagem e verificado se há alguma doença;
  • Se os resultados constatarem que não existem irregularidades, o sangue é encaminhado para seu destino final. 

Crédito da imagem: Freepik