Linfomas, detecção precoce salva vidas!

Linfomas, detecção precoce salva vidas!
O sistema linfático é responsável por produzir e transportar as células conhecidas como glóbulos brancos, que integram o sistema imunológico e ajudam a combater infecções, por exemplo.
 
Quando essas células sofrem mutações, se multiplicam e se espalham pelo organismo, acontece o que chamamos de linfoma. Normalmente, o primeiro sinal é a presença de ínguas, que podem ser indolores e com crescimento rápido.
 
Na maior parte dos casos, não há uma causa definida para o desenvolvimento da neoplasia, portanto, não há uma forma comprovada de prevenir o câncer de sangue.  Porém, existem linfomas que estão relacionados às pessoas com sistema imune comprometido (ou seja, portadoras do vírus HIV, por exemplo). 
 
Existem diversos tipos de linfomas, mas, os mais comuns são o de linfoma hodgkin e linfoma não-hodgkin.
 
Quando o assunto são as taxas de cura deste câncer, há boas expectativas:
 
  • Linfomas de hodgkin em casos avançados possuem 70% de chance de cura;
  • Já o diagnóstico precoce traz uma taxa de 90%;
  • No caso do não-hodgkin, o tipo “agressivo” possui cerca de 70% de possibilidade de cura. 
 
As primeiras diferenças entre os linfomas são as células afetadas: cada tipo possui características específicas.
 
Quando o assunto é a incidência da neoplasia de acordo com os grupos, ela varia: o linfoma de hodgkin é comum entre 15 e 40 anos de idade, sendo mais frequentes entre 25 e 30 anos. Por outro lado, o linfoma não-hodgkin costuma acontecer com mais frequência entre aqueles que possuem mais de 60 anos.
 
Em relação ao restabelecimento da saúde, uma diferença significativa é que o linfoma de hodgkin costuma reagir bem à quimioterapia, ou seja: há boas chances de se curar seguindo apenas esse tratamento. 
 
Já o linfoma não-hodgkin apresenta tipos mais resistentes aos tratamentos, o que significa que há a possibilidade de realizar uma terapia complementar para que aconteça a cura do câncer. Ou seja, nem sempre a quimioterapia é o suficiente nesse caso.
 
O que você precisa saber sobre o linfoma de hodgkin?
 
A neoplasia se divide em dois tipos que se diferenciam a partir da presença (ou falta) das células de Reed-Stemberg. 
 
Em relação aos fatores de risco, há algumas características como o histórico familiar e a infecção por alguns tipos de vírus, mas elas não são determinantes.

Uma preocupação em relação ao linfoma de hodgkin é a demora no diagnóstico, pois ela é comum em pessoas jovens que apresentam boa saúde. E, como sempre falamos, a detecção precoce é fundamental para que as chances de cura sejam altas.
 
E quanto ao linfoma não-hodgkin?
 
Já esse tipo de câncer de sangue, que também se desenvolve no sistema linfático, possui três variações:
 
  • Células T;
  • Células NK;
  • Células B (tipo mais frequente). 
 
Os fatores de risco são muito semelhantes ao do linfoma de hodgkin: pertencer ao sexo masculino, sofrer de imunossupressão e a infecção pelo vírus HIV são alguns. Porém, as causas ainda não foram definidas.
 
É necessário realizar exames de imagem, como a tomografia e a biópsia. Somente o resultado da coleta do material pode determinar o tipo de linfoma encontrado.
 
Quais são os tratamentos indicados?
 
No caso do linfoma de hodgkin, a boa notícia é que se trata de uma doença curável quando o paciente segue os protocolos. Quando o diagnóstico é realizado pela primeira vez, é comum a indicação de quimioterapia com diferentes drogas (poliquimioterapia).
 
Já quando acontecem recaídas, o protocolo será definido de acordo com a terapia realizada anteriormente. Em alguns casos, é possível que haja a indicação do transplante de medula óssea.
 
Outros tratamentos que costumam estar associados à quimioterapia são a imunoterapia, a radioterapia e a terapia alvo. 
 
Em qualquer neoplasia, a melhor ação que pode acontecer é a detecção precoce. Ela salva vidas e ajuda a restabelecer a saúde de forma mais leve e rápida.
 
Fonte: con.com.br
 Crédito da imagem: iStock.com/andresr