Meningite: vacinas são a melhor alternativa de prevenção

Meningite: vacinas são a melhor alternativa de prevenção
A meningite é uma inflamação das meninges, que são as três membranas que envolvem o cérebro e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. É causada, principalmente, por bactérias ou vírus; mais raramente, pode ser provocada por fungos ou pelo bacilo de Koch, causador da tuberculose.

Em princípio, pessoas de qualquer idade podem contrair meningite, mas as crianças menores de cinco anos são mais atingidas.

Transmissão da meningite

Em geral, a transmissão é de pessoa para pessoa, por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Também ocorre transmissão através da ingestão de água e alimentos contaminados e contato com fezes.

Na meningite bacteriana algumas bactérias se espalham de uma pessoa para outra por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta; outras bactérias podem se espalhar por meio dos alimentos.

Na meningite viral, a transmissão depende do tipo de vírus, podendo ocorrer contaminação fecal-oral, por contato próximo (tocar ou apertar as mãos) com uma pessoa infectada; tocar em objetos ou superfícies que contenham o vírus e depois tocar nos olhos, nariz ou boca antes de lavar as mãos; trocar fraldas de uma pessoa infectada; beber água ou comer alimentos crus que contenham o vírus. Alguns vírus (arbovírus) são transmitidos pela picada de mosquitos contaminados.

Sintomas da meningite

As meningites provocadas por vírus costumam ser mais leves e os sintomas se parecem com os das gripes e resfriados. A doença ocorre, principalmente, entre as crianças, que têm febre, dor de cabeça, um pouco de rigidez da nuca, falta de apetite e irritação.

Meningites bacterianas são mais graves e em pouco tempo os sintomas aparecem: febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Esse é um sinal de que a infecção está se alastrando rapidamente pelo sangue e o risco de infecção generalizada aumenta muito.

Nos bebês pode-se também observar:

  • Moleira tensa ou elevada;
  • Gemido quando tocado;
  • Inquietação com choro agudo;
  • Rigidez corporal com movimentos involuntários, ou corpo “mole”, largado.

Tratamento da meningite

Após a avaliação médica e a realização de exames, o tratamento será indicado de acordo com o agente causador da infecção. Não há tratamento específico para a meningite viral e, como acontece com outras viroses, se resolve sozinha, podendo ser utilizados medicamentos que tratam apenas dos sintomas, como dor e febre.

Meningites bacterianas são mais graves e devem ser tratadas imediatamente, em ambiente hospitalar.

Prevenção da meningite

As vacinas estão disponíveis para prevenção das principais causas de meningite bacteriana. O Programa Nacional de Imunização disponibiliza as seguintes vacinas no Calendário de Vacinação da Criança:

  • Vacina meningocócica C (Conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C;
  • Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite;
  • Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.

Observações aos pais e responsáveis

  • Estejam atentos aos sinais e sintomas, principalmente em crianças menores de cinco anos;
  • Procurem imediatamente um médico para um diagnóstico seguro e tratamento eficiente;
  • Se a criança tiver febre alta, não o mande para a escola. Procure um médico para saber o motivo da febre;
  • Avisem a escola se a criança estiver com meningite confirmada;
  • Após a alta do paciente não existe mais perigo de contaminação, portanto essas crianças não precisam ser evitadas ou discriminadas, voltando normalmente a frequentar a escola;
  • Não há necessidade de fechar escolas ou creches quando ocorre um caso de meningite entre os alunos, professores ou funcionários da escola, pois o meningococo (em caso de meningite meningocócica) não sobrevive no ar ou nos objetos;
  • A limpeza e a higiene devem ser os habituais. Não há necessidade de inutilizar ou desinfetar objetos de uso pessoal do doente.

Fonte: bvsms.saude.gov.br
Crédito da imagem: iStock.com/Jovanmandic