O Dia Mundial de Luta contra a Aids e a sua importância

O Dia Mundial de Luta contra a Aids e a sua importância

Em 27 de outubro de 1988, a Assembleia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde instituíram o primeiro dia de dezembro como o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Na época era essencial a conscientização da população sobre as formas de prevenção do vírus e para tirar alguns estigmas que os portadores de HIV tinham.

Passaram-se mais de 30 anos que celebramos essa data e os números relacionados ao problema continuam preocupantes. De acordo com Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, o Unaids, em 2019 cerca de 690 milhões de pessoas morreram devido a doenças relacionadas à Aids no mundo todo.

O vírus HIV
HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana e o principal causador da Aids. Esse micro-organismo ataca, principalmente, o sistema imunológico que é a área do corpo humano responsável por defender o organismo de doenças. O vírus altera o DNA das células do sistema imune - principalmente os linfócitos T CD4+ - transformando-as em cópias de si mesmo.

Ser portador do HIV não é a mesma coisa que ter Aids, há muitas pessoas que são soropositivos que vivem anos sem manifestações. Porém, elas ainda transmitem o vírus a outras pessoas por meio das relações sexuais sem proteção adequada, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e amamentação.

O que é a Aids?
A Aids, em inglês Acquired Immunodeficiency Syndrome ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida em português, é uma enfermidade causada pelo vírus HIV que se espalha por meio de fluidos corporais, afetando células do sistema imunológico. Entre seus sintomas, são comuns:

  • Febre;
  • Muito suor;
  • Perda de peso sem explicações;
  • Cansaço extremo;
  • Dor nas articulações e músculos;
  • Tosse seca;
  • Gânglios linfáticos inchados.

Porém, os sintomas vão evoluindo conforme a doença vai avançando. 

Os estágios da doença
O primeiro estágio da infecção pelo HIV ocorre entre 2 e 4 semanas, com sintomas parecidos a de uma gripe. Esse estágio leva o nome de síndrome retroviral aguda (ARS) ou infecção HIV primária. 
Os indícios representam a resposta natural do organismo ao ser infectado, parecendo uma gripe. Entretanto, há pessoas que passam por essa fase sem apresentar nenhum sintoma. Quando o indivíduo está nesse primeiro estágio, a transmissão é considerada a mais alta, devido ao vírus estar em grande quantidade na estrutura física.

A segunda é chamada de fase assintomática - latência clínica, o vírus ainda está ativo, mas se reproduz em níveis baixos. Por isso, é comum não apresentar nenhum sinal, nem ficar doente. 

A terceira e última fase é a da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a AIDS. Ao chegar nesse estágio, o sistema imunológico foi muito afetado, ficando vulnerável a diversas infecções e enfermidades chamadas de oportunistas, além de cânceres.

As células de defesa chegam a um número baixíssimo e não conseguem reagir aos vírus e bactérias. Se não houver tratamento, essa fase torna-se crítica chegando a causar óbito do paciente, mas com recurso terapêutico pode-se ter uma boa qualidade de vida. 

Como funciona o tratamento?
Até o momento, não há uma cura, mas o HIV pode ser controlado para que o vírus não evolua aos outros estágios. O tratamento chamado de terapia antirretroviral ou ART, é feito com uso de medicamentos específicos dependendo de cada ocorrência e estágio da enfermidade.

As pessoas que são diagnosticadas e logo iniciam a terapia podem viver por anos tranquilamente apenas tratando dos cuidados e recomendações junto aos medicamentos. 

Mas, desde o primeiro estágio até o último, o paciente pode transmitir o HIV a outras pessoas, até mesmo durante a terapia antirretroviral. 

Como prevenir-se?

  • A melhor forma de evitar este mal é se prevenindo como:
  • Utilizar preservativo nas relações sexuais;
  • Optar por seringa e agulhas descartáveis, em caso de procedimentos estéticos e médicos;
  • Evitar contato com sangue ou fluidos corporais, usando luvas quando necessário;
  • Usar objetos esterilizados.

Entretanto, quem não realiza consultas e exames periodicamente pode carregar o HIV e estar progredindo de estágio sem ter noção disso.

Por isso, datas como o Dia Mundial de Luta Contra a Aids são importantes para alertar a população. Não dê brechas para doenças como a Aids, cuide-se!

Crédito da imagem: Lordn - iStock.