Paralisia Cerebral: não há mais espaço para o preconceito

Paralisia Cerebral: não há mais espaço para o preconceito
No mês da conscientização da paralisia cerebral, reflexões sobre a doença são trazidas à tona. Com objetivo de alertar a população sobre as causas, riscos, diagnóstico e tratamento da doença, o movimento Cerebral Palsy Foundation (CPF). liderado por um grupo de organizações sem fins lucrativos e apoiado por entidades em mais de 51 países, tenta mudar a forma como todos enxergam a paralisia cerebral e melhorar a vida dos portadores e seus familiares.

De acordo com CPF, a cada hora, uma criança nasce com paralisia cerebral no mundo. Considerada a desordem motora incapacitante mais comum da infância, a paralisia cerebral acomete cerca de 17 milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo adultos e crianças. Atualmente, estima-se que a doença atinja sete a cada mil crianças nascidas vivas no Brasil.

A paralisia cerebral é um conjunto de desordens no desenvolvimento, movimento e na postura do indivíduo causada pelo desenvolvimento anormal ou por danos na camada externa do cérebro (córtex cerebral). O dano pode ocorrer antes (pré-natal), durante (peri-natal) ou pouco depois (pós-natal) do nascimento.

Seus primeiros sintomas podem ser detectados meses após o nascimento e a falta de informação, neste caso, pode ser crucial para determinar como será a vida daquela pessoa dali em diante.

Sem cura, mas com tratamento

A paralisia cerebral não tem cura, mas o tratamento adequado orientado por uma equipe multidisciplinar pode avaliar as principais necessidades daquela criança e como é possível melhorar sua qualidade de vida. E a reabilitação dá esperança a esses pacientes para normalizar suas funções motoras e também cognitivas.

Os principais tratamentos para a reabilitação motora envolvem cirurgias ortopédicas e aplicação de toxina botulínica. A toxina, considerada por grandes centros tão efetiva quanto as cirurgias, se tornou uma forma menos invasiva de devolver os movimentos aos pacientes.

Particularidades do Brasil

No Brasil, o principal parceiro deste movimento de conscientização sobre a doença é a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) de Ribeirão Preto (SP). De acordo com a Neuropediatra e Fisiatra do Centro de Reabilitação do Hospital das Clínicas da entidade, Dra. Carla Caldas, a doença pode atingir qualquer criança e quanto antes o tratamento for iniciado maiores os ganhos para a qualidade de vida.

No geral, os principais sintomas são falta de coordenação muscular ao realizar movimentos voluntários, rigidez muscular, fraqueza nos membros superiores e inferiores. Em bebês, pequenos sinais como dificuldade para unir as mãos ou levá-las à boca e pernas rígidas podem caracterizar a doença. O atraso na habilidade motora também é um importante sinal a ser notado.

Acolher, respeitar e promover acessos são atitudes fundamentais.

Fonte: cruzeirodovale.com.br
Crédito da imagem: iStock.com/nd3000