Sociedade Brasileira de Cardiologia fala sobre segurança cardiovascular das vacinas contra Covid-19

Sociedade Brasileira de Cardiologia fala sobre segurança cardiovascular das vacinas contra Covid-19
O Comitê Científico da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), por determinação do seu Conselho Administrativo, organizou um grupo de trabalho para monitorar e organizar, de forma continuada e sistemática, evidências científicas da segurança cardiovascular das vacinas contra Covid-19, com o objetivo de reproduzir dados cientificamente sólidos e oferecer recomendações para o cardiologista brasileiro na forma de posicionamento da SBC.
 
O resultado desse trabalho resultou em um Posicionamento sobre Segurança Cardiovascular das Vacinas contra Covid-19 – 2022 que conclui que as vacinas contra o coronavírus são seguras e seus benefícios superam em larga escala os riscos de efeitos adversos relacionados.
 
Os principais efeitos adversos cardiovasculares associados a essas vacinas são a VITT (Trombocitopenia Trombótica) e a miocardite. Ao passo em que o primeiro está associado às vacinas que utilizam vetor de adenovírus, o segundo é observado entre as vacinas com tecnologia de RNAm.
 
Miocardite associada à vacina permanece um evento adverso raro, embora a incidência entre adolescentes do sexo masculino possa chegar até 107 casos por milhão de doses, e excede a incidência de miocardite associada ao Covid-19 na mesma parcela da população. No entanto, como o curso clínico da miocardite associada à vacina é geralmente leve e autolimitada, mesmo entre os adolescentes do sexo masculino, a totalidade do efeito protetor da vacinação contra Covid-19, particularmente na prevenção da forma grave da doença, hospitalização, MIS-C e morte, continua a exceder claramente o risco de miocardite induzida.
 
Ainda segundo a posição, na faixa etária pediátrica, os benefícios vão além daqueles diretamente relacionados à saúde do próprio paciente, também diminuindo a transmissão do Covid-19 nessa faixa etária e, indiretamente, para indivíduos mais velhos. 
 
Para ter acesso ao posicionamento na íntegra, acesse: https://abccardiol.org/wp-content/uploads/2022/03/AOP_2022-0179-2.x44344.pdf

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)

Crédito da imagem: iStock.com/Thiago Santos