Teste do pezinho: o exame que pode salvar a vida do bebê

Teste do pezinho: o exame que pode salvar a vida do bebê

Um exame fácil e rápido de ser feito, e que pode oferecer a certeza de que uma criança terá a chance de crescer saudável, longe de doenças que podem causar sérias complicações. O teste do pezinho é a forma popular como é conhecido o exame de coleta de sangue feito no pé do recém-nascido. 

“É um exame de extrema importância e deve ser realizado entre o terceiro e, no máximo, quinto dia após o nascimento do bebê. Seu objetivo é diagnosticar precocemente - na fase sintomática - doenças que vão desde retardo mental até a morte”, alerta Dra. Tânia Bachega, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP), que acompanhou a reformulação do Programa Nacional de Triagem Neonatal no Ministério da Saúde.

Celebrado em 06 de junho, o Dia Nacional do Teste do Pezinho foi criado para informar à população sobre todos os benefícios do exame para a saúde do bebê e a sua obrigatoriedade para os recém-nascidos, além das propostas do Programa Nacional de Triagem Neonatal. 

As maternidades da rede particular fazem a coleta do material. Já no sistema público, isso não acontece em todos os municípios, e a mãe precisa ficar atenta ao prazo limite - até o quinto dia após o nascimento - para levar o recém-nascido a uma unidade básica de saúde para colher o sangue do calcanhar do bebê. As gotinhas são colocadas em um papel, que segue para os laboratórios públicos ou privados habilitados a realizar o exame. 

“O importante não é somente coletar o sangue, mas também cobrar a liberação rápida dos resultados. As mães devem exigir o resultado do teste por escrito”, alerta a médica.


Rastreamento de até 50 doenças

A necessidade de ter em mãos rapidamente o resultado do exame se deve ao fato de que, com ele, é possível identificar doenças graves, que podem comprometer a saúde da criança no futuro. 

Quando o exame apresenta resultado positivo para uma das doenças que podem ser detectadas com a sua realização, é necessário tirar uma prova com um novo teste conclusivo. 

O Ministério da Saúde (MS) divulgou, em 28/05, que foi sancionada a lei que amplia para 50 o número de doenças rastreadas pelo teste do pezinho oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa maneira, o exame passará a abranger 14 grupos de doenças. Essa extensão irá ocorrer de maneira escalonada e os prazos para implementação de cada etapa serão estabelecidos pelo MS.

Atualmente, até seis enfermidades podem ser rastreadas pelo exame realizado pelo SUS: hipotireoidismo congênito; fenilcetonúria; anemia falciforme; fibrose cística; hiperplasia adrenal congênita; e deficiência de biotinidase.

“A triagem neonatal é um processo complexo, pois não se restringe apenas à realização dos testes para diferentes doenças, mas também envolve a busca rápida dos bebês com testes positivos para a confirmação diagnóstica da doença, por meio de exames mais específicos, e início do tratamento no menor tempo possível e acompanhamento por uma equipe multiprofissional”, acrescenta Dra. Tânia.

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