Tireoide: qual é a importância dessa glândula para a boa saúde?

Tireoide: qual é a importância dessa glândula para a boa saúde?

Localizada na região anterior do pescoço, é responsável por secretar os hormônios tireoidianos que agem em todo o organismo

Uma glândula pequena, mas de grande importância para o bom funcionamento do organismo. Localizada na região anterior do pescoço, a tireoide é responsável por secretar os hormônios tireoidianos - T3 e T4 - que agem em todo o organismo, mantendo o metabolismo em um ritmo normal.

“Quando a tireoide não está funcionando bem, aparecem alguns sintomas, que vão depender se há uma diminuição ou um aumento do funcionamento da glândula”, declara a Dra. Lorena Lima Amato, endocrinologista e doutora pela Universidade de São Paulo. A médica se refere ao hipotireoidismo, condição da tireoide na qual a produção de hormônio é insuficiente e faz o organismo começar a funcionar mais lentamente, provocando cansaço excessivo, sonolência, pele seca, ganho de peso, entre outros sinais, e ao hipertireoidismo, quadro que faz o corpo funcionar com mais rapidez, podendo causar sintomas como intestino solto, agitação, coração disparado, pouco sono e também cansaço. 

Essa montanha russa de sensações, que podem ser provocadas pelos distúrbios da tireoide, pode prejudicar, e muito, a saúde e a qualidade de vida do paciente. O Dia Internacional da Tireoide (25/05) foi estabelecido em 2008, pela Federação Internacional de Tireoide, para promover a conscientização, o entendimento dos problemas da tireoide e dos desafios enfrentados pelas pessoas que sofrem com o problema em todo o mundo. 

“As complicações que a tireoide alterada pode causar ao paciente variam. No hipotireoidismo podemos ter inchaços, dificuldade de raciocínio, piora do colesterol, entre outras questões. Já no hipertireoidismo o paciente pode ter sintomas de ansiedade, emagrecimento e arritmias”, esclarece a endocrinologista. 

Alerta para gestantes e crianças
Dra. Lorena explica que o diagnóstico é feito por meio das dosagens dos níveis sanguíneos dos hormônios tireoidianos, principalmente o T4 livre, e do hormônio que controla a tireoide, secretado pela glândula hipófise, o TSH. Segundo a especialista, existe um perfil de paciente com maior predisposição para desenvolver distúrbio na tireoide. “As disfunções tireoidianas, assim como os nódulos tireoidianos, são mais comuns em mulheres e também aumentam a prevalência com o avançar da idade. História familiar de doenças tireoidianas também aumentam as chances do indivíduo ter essas disfunções.”

No entanto, faz um alerta para dois grupos de pacientes que necessitam de diagnóstico precoce para evitar outras complicações. “As disfunções tireoidianas devem ser detectadas com rapidez em mulheres grávidas ou crianças, caso contrário, há alto risco de desfechos desfavoráveis nessa população, como abortamentos e complicações obstétricas, e nas crianças, pode haver déficit de crescimento cognitivo”, destaca. 

O tratamento vai depender do tipo de disfunção apresentada pelo paciente: no caso de hipotireoidismo, é feito com reposição do hormônio tireoidiano; já o hipertireoidismo é tratado com medicamentos que inibem o aumento da glândula. 

Para evitar que uma das disfunções da tireoide se manifestem no seu organismo e atrapalhe a sua qualidade de vida, é possível adotar algumas medidas que ajudam a prevenir o desenvolvimento dos problemas. “Hábitos de vida saudáveis e a ingestão adequada de iodo (presente artificialmente no sal de cozinha) são medidas benéficas para otimizar a saúde de todo o sistema endócrino”, finaliza a médica. 

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