Tuberculose: prevenção é o melhor remédio contra a doença

Tuberculose: prevenção é o melhor remédio contra a doença

Uma enfermidade antiga, mas que até hoje causa preocupação e acomete grande parte da população em todo o mundo. A tuberculose é um problema grave que afeta principalmente os pulmões, com transmissão fácil entre as pessoas. 

Estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas no mundo sofram com a tuberculose. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil a doença é considerada uma questão de saúde pública: todos os anos, 70 mil novos casos são registrados e, aproximadamente, 4,5 mil pessoas morrem por conta desse mal.
Em tempo de pandemia da covid-19, um problema que está diretamente relacionado ao comprometimento dos pulmões e das funções respiratórias, o combate à tuberculose tornou-se um desafio ainda maior para os profissionais de saúde, fazendo com que os alertas para os cuidados preventivos a esse problema sejam redobrados à população.

Nesse sentido, o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado em 24/03, tem ainda mais valor esse ano. A data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para intensificar os esforços para acabar com a epidemia global da doença e conscientizar as pessoas sobre o cenário crítico de saúde pública que favorece os casos em todo o mundo. 

Sinais e sintomas
A preocupação dos médicos sobre o aumento do número de contaminados pela tuberculose em meio à pandemia do novo coronavírus se justifica, também, pelo fato de que os sintomas de ambas as enfermidades são parecidos.

Tosse seca é o principal deles, que pode durar até três semanas ou mais. Além disso, febre pela manhã, suor durante à noite, perda de peso e cansaço são outros sinais que podem indicar infecção por tuberculose. Apesar de os pulmões serem os órgãos mais comprometidos, rins, pele, ossos e gânglios também podem ser afetados. 

A doença é transmitida pelo ar, por meio da tosse, do espirro e da própria fala da pessoa doente. O bacilo da tuberculose pode estar presente no ar de um ambiente por até oito horas, principalmente se o local não for arejado o suficiente.

 Segundo informações da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o Rio de Janeiro se destaca no quadro da doença no país por apresentar, historicamente, muitos casos e grande nível de contaminação, principalmente em áreas com grande concentração de pessoas, como o Complexo do Alemão e a Rocinha, com média de 12 mil pessoas contaminadas por ano. Estimativas apontam que cerca de 20% dos doentes não são diagnosticados, e muitos casos somente são descobertos após a internação ou óbito.

É possível prevenir
As formas graves da tuberculose podem ser evitadas com a vacinação. É a vacina BCG - aplicada em recém-nascidos ou em crianças com até quatro anos de idade - que cumpre o papel de reduzir as chances de, no futuro, a pessoa contaminada ver o seu quadro agravado para uma meningite tuberculosa, por exemplo. 
Outra medida preventiva é ter o hábito de deixar o ar circular pelos ambientes, mantendo janelas e portas abertas, sempre que possível, e permitir a entrada de luz solar. E, claro, quanto antes o paciente receber o diagnóstico da doença e iniciar o tratamento, maiores serão as chances de cura, que chega a 100% em novos casos tratados com medicação adequada. 

Tratamento eficaz
Vale destacar que apesar da sua gravidade, a tuberculose tem cura. Logo que o diagnóstico é confirmado, a abordagem terapêutica pode durar, pelo menos, seis meses.
Costuma-se observar uma melhora significativa dos sinais da doença nas primeiras semanas de tratamento, um estímulo que faz com que muitos pacientes deixem de seguir com os devidos cuidados. Cabe aos médicos e aos familiares próximos orientarem o doente a prosseguir com o tratamento, de modo que o problema não se torne maior devido a novas complicações.

Atualmente, o tratamento pode ser feito gratuitamente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Cuide da sua saúde. Durante a pandemia, intensifique os cuidados preventivos contra a covid-19 e a tuberculose. E ao menor sinal e sintoma de uma das doenças, procure um médico. 

Crédito da imagem: hitareeSarmkasat - iStock.