Uma doação de sangue pode salvar até quatro vidas

Uma doação de sangue pode salvar até quatro vidas

A doação de sangue é um gesto solidário de doar uma pequena quantidade do próprio sangue para salvar a vida de pessoas que se submetem a tratamentos e intervenções médicas de grande porte e complexidade, como transfusões, transplantes, procedimentos oncológicos e cirurgias.

Além de pessoas que se submetem a procedimentos e intervenções médicas, o sangue também é indispensável para que pacientes com doenças crônicas graves – como Doença Falciforme e Talassemia – possam viver por mais tempo e com mais qualidade, além de ser de vital importância para tratar feridos em situações de emergência ou calamidades.

Uma única doação pode salvar até quatro vidas. Um simples gesto de amor e solidariedade pode gerar muitos sorrisos. É importante doar sangue independentemente do grau de parentesco entre o doador e quem receberá a doação. Uma pessoa adulta tem, em média, 5 litros de sangue. Em cada doação, o máximo de sangue retirado é de 450 ml.

O sangue é insubstituível e sem ele é impossível viver. Por isso, o Ministério da Saúde (MS) reforça periodicamente a importância de os brasileiros adotarem a cultura solidária da doação regular e espontânea de sangue.

O objetivo é manter os estoques de sangue sempre abastecidos e não apenas em datas específicas ou quando algum conhecido precisar.

Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos de idade e que estejam pesando mais de 50 kg. Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto e menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis.

O procedimento para doação de sangue é simples, rápido e totalmente seguro. Não há riscos para o doador, porque nenhum material usado na coleta do sangue é reutilizado, o que elimina qualquer possibilidade de contaminação.

Os requisitos para doar sangue é estar com bom estado de saúde e seguir os seguintes passos:

- Estar alimentado. Evite alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação de sangue;

- Caso seja após o almoço, aguardar duas horas;

- Ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas;

- Pessoas com idade entre 60 e 69 anos de idade só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos;

- A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações de sangue anuais para a mulher;

- O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

Impedimentos temporários para a doação de sangue

- Gripe, resfriado e febre: aguardar sete dias após o desaparecimento dos sintomas;

- Período gestacional: não é permitido;

- Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana;

- Amamentação: até 12 meses após o parto;

- Ingestão de bebida alcoólica: nas 12 horas que antecedem a doação;

- Tatuagem e/ou piercing: nos últimos 12 meses (piercing em cavidade oral ou região genital impedem a doação);

- Extração dentária: 72 horas;

- Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: três meses;

- Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem sequelas graves, tireoidectomia, colectomia: seis meses;

- Transfusão de sangue: um ano;

- Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina;

- Exames/procedimentos com utilização de endoscópio: nos últimos seis meses;

- Ter sido exposto a situações de risco acrescido para infecções sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses.

 Impedimentos definitivos para a doação de sangue

- Ter passado por quadro de hepatite após os 11 anos de idade;

- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, AIDS, doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doenças de Chagas;

- Uso de drogas ilícitas injetáveis;

- Malária.

- Como realizar a doação de sangue?

- Para doar sangue, basta procurar as unidades de coleta de sangue, como os Hemocentros, para checar se você atende aos requisitos necessários para a doação.

- Existem impedimentos temporários e também impedimentos definitivos. No mais, basta estar imbuído pelo desejo de ajudar o próximo.

Pesquisa mostra a realidade da doação de sangue no Brasil

A Abbott realizou uma pesquisa inédita para encorajar a doação rotineira de sangue e plasma, entender quais são as principais barreiras e atrair ainda mais atenção para esta importante causa. O levantamento ouviu 1.052 cidadãos de 16 a 64 anos em oito países no primeiro trimestre de 2021. No Brasil, foram entrevistados homens e mulheres entre 16 e 54 anos de todas as regiões.

Do total de entrevistados, 19% afirmam ser doadores regulares (que doam, pelo menos, uma vez ao ano). O perfil desse tipo de doador no Brasil é de homens entre 25 e 34 anos, de classe social média a alta, com ensino superior, casados e com renda fixa. Doadores não regulares (consideradas pessoas que doaram pelo menos uma vez na vida) correspondem a 13% dos ouvidos na pesquisa. Neste grupo, menos da metade são homens entre 16 e 24 anos, de classe social média a baixa, casados e com renda fixa.

Os resultados mostraram que as mulheres são maioria entre os não doadores. Elas representam 54% das pessoas que nunca doaram e não pretendem doar no futuro. Ainda, de acordo com os resultados, elas têm idade entre 16 e 44 anos, de classe social intermediária a baixa, com renda fixa e não são casadas.

Outras descobertas sobre o perfil do doador brasileiro incluem:

- 9% disseram que doam apenas quando solicitados (em casos de necessidade de familiares ou conhecidos). O perfil deste grupo é de homens entre 45 e 54 anos, de classe social média a alta, casados e com renda fixa.

- 48% afirmam que a ação não faz parte da rotina. Por aqui, a principal motivação para que as pessoas doem sangue é quando surgem desastres ou acontecimentos que gerem comoção pública.

- 22% doam apenas pontualmente, ou seja, quando algum conhecido ou familiar precisa de ajuda.

Mais brasileiros precisam fazem doações regulares de sangue, pois esse precioso recurso é necessário durante todo o ano, especialmente jovens adultos. Esse ato, que leva pouco mais de uma hora, pode ajudar a salvar até quatro vidas.

O estudo também revelou que os brasileiros sabem da importância da doação, mas que não compreendem bem o assunto. Entre as principais preocupações, os respondentes destacaram: 

Não saber para onde o sangue vai e a quantidade coletada;

Medo e desconforto também são os sentimentos mais expressos, visto que a doação de sangue no Brasil é pouco frequente. 

A pesquisa ainda aponta que a pandemia impactou nas doações de sangue no Brasil e revela que apenas 21% afirmam ter continuado a doar no período.

Fontes: gov.br / abbottbrasil.com.br

Crédito da imagem: iStock.com/matucha