De acordo com uma pesquisa inédita conduzida pelo IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), 49% das brasileiras nunca ouviram falar de vaginose, infecção que já acometeu 13% das duas mil entrevistadas. Realizada com mulheres de todo o Brasil, com idade entre 16 e 60 anos, de classes A, B e C, a pesquisa buscou entender a relação e o conhecimento desse público sobre sua saúde íntima.
Normalmente percebida a partir de mudanças no odor e na cor do corrimento vaginal, a vaginose acontece quando existe um desequilíbrio no pH e na flora vaginal. Alguns até acabam por confundir vaginose com candidíase, porém cada uma apresenta sinais diferentes e contam com tratamentos totalmente distintos, como explica a médica ginecologista e obstetra, Dra. Ornella Minelli. “A candidíase é uma infecção vaginal causada por um fungo chamado Candida albicans, que tem como principais sintomas a coceira vaginal e um corrimento esbranquiçado e grumoso. Quem possui essa infecção não costuma relatar cheiro forte. A vaginose, por sua vez, é uma infecção causada pela proliferação de bactérias já existentes na vagina, principalmente a Gardnerella vaginalis, e seu principais sintomas são corrimento acinzentado, com um odor forte, que se assemelha a peixe podre, e incômodo na região. A vaginose pode também causar sangramentos após a relação sexual”, alerta.
Conforme explicado pela médica, ambas infecções têm origem no desequilíbrio da flora vaginal e causam não apenas desconfortos físicos, mas também emocionais, como insegurança e vergonha, como confirmam os achados do estudo do IPEC, já que 68% das entrevistadas afirmam que a sua saúde íntima impacta muito em sua autoconfiança, autoestima e na forma como se enxergam. Outro dado relevante mostrado pela pesquisa é que 45% das entrevistadas sentem um certo desconforto em falar sobre sua saúde íntima, enquanto 30% delas sentem vergonha ou desconforto em comprar medicamentos para sua saúde íntima.
Falar sobre o tema pode até gerar desconforto para boa parte da população, mas isso não as impede de querer estar bem-informadas sobre a saúde da sua região íntima. Ainda que 85% das entrevistadas se consideram bem-informadas sobre sua saúde íntima, 95% delas afirmam querer saber mais sobre o assunto. Ou seja, a disseminação de informações sobre a saúde íntima é essencial, até para que consigam identificar quando algo não está normal.
Quando perguntadas sobre os meios em que buscam informações sobre saúde íntima, a pesquisa apontou que a internet e as redes sociais são a fonte mais comum (com 72% das respondentes), sendo que, deste percentual, 86% são jovens de 16 a 25 anos. “Normalmente, essa é uma fase de iniciação da vida sexual, e entender melhor o corpo, buscando informações qualificadas na internet, é fundamental para essas jovens saberem identificar possíveis problemas de saúde íntima e fazerem o tratamento correto”, explica a médica.
O segundo meio mais procurado pelas brasileiras para saber mais sobre o tema são os consultórios médicos, com 71% das respondentes. “Grande parte das pacientes que atendo desconhecem a vaginose bacteriana e seus sintomas, e algumas ficam até assustadas quando descobrem que estão com a infecção – querem saber se é transmissível, se é possível identificar como ou quando pegaram. Eu sempre tento explicar desde o início, trazendo o máximo de informações para que haja uma maior conscientização sobre a condição, e até mais aderência ao tratamento”, afirma a médica.
Vergonha e desinformação reforçam tabus
Em 2019, a IPSOS conduziu um estudo, a pedido da Bayer, para compreender o papel da mulher na sociedade e os tabus e estigmas atuais que impedem sua evolução na busca por igualdade, bem como na relação com seu corpo. Foram entrevistadas mulheres com idade entre 16 e 25 anos, e especialistas (psicólogos, antropólogos e Organizações Não Governamentais – ONGs – pelos direitos das mulheres) de três países da América Latina (São Paulo, Bogotá e México) e, quando o assunto é a saúde da mulher, o estudo mostrou que, nos três países, a vergonha e a desinformação são algumas das questões mais urgentes que limitam o seu bem-estar e sua evolução.
“Falar sobre a saúde íntima, por mais que seja algo simples, ainda causa constrangimento a muitas mulheres. Sendo assim, muitas delas evitam falar sobre o assunto, o que acaba dificultando a disseminação de informações importantes que podem ajudar na prevenção e no tratamento da vaginose, candidíase e outras infecções”, afirma a Dra. Ornella.
Fonte: Bayer Consumer Health no Brasil pela marca Gino-Canesten®
Crédito da imagem: iStock.com/Dmytro Buianskyi
Proteção de dados e privacidade
A Oncoprod está comprometida em manter a privacidade e segurança de todas as informações relacionadas aos dados e informações pessoais que coletar de seus Usuários, conforme sua Política de Privacidade. A Oncoprod recomenda expressamente o acesso periódico da Política de Privacidade do GrupoSC disponibilizada no link oncoprod.com.br/politicadeprivacidade
Nesse sentido, em observância à Lei no 13.709/2008 e com a finalidade de utilizar os sites e aplicações do GrupoSC, ao continuar navegando, você consente e autoriza o tratamento de seus dados pessoais e sensíveis, que consistem na coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, processamento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da informação, modificação, comunicação, transferência, difusão ou extração pelas empresas do GrupoSC, visando não só a utilização deste portal, como também para a melhoria dos produtos e/ou serviços oferecidos pelo GrupoSC ou, ainda, para criação de novos produtos desenvolvidos a partir de tais dados, sendo respeitadas, contudo, as regras e condições contidas nestes Termos de Uso e Política de Privacidade.