26 de outubro, 2022

Artrite reumatoide: medidas simples proporcionam melhor qualidade de vida

A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta as membranas sinoviais (fina camada de tecido conjuntivo) de múltiplas articulações (mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés, ombros, coluna cervical) e órgãos internos, como pulmões, coração e rins, dos indivíduos geneticamente predispostos. A progressão do quadro está associada a deformidades e alterações das articulações, que podem comprometer os movimentos.

Não se conhecem as causas da doença, que afeta duas vezes mais as mulheres do que os homens entre 50 e 70 anos de idade.

Os sintomas podem ser insidiosos e comuns a outras enfermidades ou ocorrer abrupta e simultaneamente. Os mais comuns são rigidez matinal que regride durante o dia, mal-estar, diminuição do apetite, perda de peso, cansaço, febre baixa, inchaço nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés, que se deformam com a evolução da doença.

Quanto mais cedo for diagnosticada a artrite reumatoide e iniciado o tratamento, melhor será o prognóstico. Embora ainda não se conheçam os recursos para a cura definitiva, é possível obter a remissão dos sintomas, preservar a capacidade funcional e evitar a progressão das deformidades.

O tratamento medicamentoso inclui analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINE), cortiscoroides e drogas imunossupressoras, como o metrotrexato e a ciclosporina. Alguns medicamentos mais recentes, desenvolvidos através de tecnologias baseadas na biologia molecular, trazem novas possibilidades terapêuticas.

Qualidade de vida para os acometidos

De acordo com a médica reumatologista e presidente da Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro, Dra. Sema Merenlender, a artrite reumatoide não é uma sentença de morte. Existem medicamentos que ajudam a preservar as articulações e o tratamento correto pode até levar à remissão, que é a vida sem sintomas.

Algumas medidas simples, inseridas na rotina dos pacientes podem proporcionar uma boa qualidade de vida, como por exemplo, controlar o peso para não sobrecarregar as articulações e, ainda, reduzir as chances de ter cardiopatias. Para isso, é preciso cuidar da alimentação, que deve ser suplementada com vitamina D e cálcio conforme orientação médica para favorecer o metabolismo ósseo e ajudar a impedir a osteoporose induzida pelo tratamento com cortisona e outros medicamentos; praticar atividade física regularmente também é fundamental.

A especialista explica que o uso prolongado de corticoide também aumenta as chances de infecções periodontais, por isso é essencial consultar um dentista regularmente e manter bons hábitos de higiene bucal.

Outras medidas como trocar as maçanetas redondas por puxadores nas portas, trocar o zíper e o botão das roupas por velcro, usar canetas mais grossas e pesadas e não deixar muitos móveis e tapetes e fios espalhados pela casa

Fontes: drauziovarella.uol.com.br / sanofi.com.br

Crédito da imagem: iStock.com/Kobus Louw

26 out, 2022

Compartilhe

Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.