14 de janeiro, 2022

H3N2: o que se sabe sobre o novo vírus?

O aumento de casos de infecções pelo vírus influenza no último trimestre de 2021 tem atraído atenção para uma velha conhecida da humanidade. A gripe, como é chamada popularmente, tem gerado surtos regionais pelo País impulsionada pela introdução de uma nova cepa do subtipo A (H3N2), batizada de Darwin.

Atualmente, são conhecidos três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os dois primeiros são mais propícios a provocar epidemias sazonais em diversas localidades do mundo, enquanto o último costuma provocar alguns casos mais leves.

O tipo A da influenza é classificado em subtipos, como o A (H1N1) e o A (H3N2). Já o tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria e Yamagata. Embora possuam diferenças genéticas, todos os tipos podem provocar sintomas parecidos, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, calafrios e fadiga.

O vírus H3N2 é uma variante do vírus Influenza A, que é um dos principais responsáveis pela gripe comum e pelos resfriados, sendo facilmente transmitido entre pessoas por meio de gotículas liberadas no ar quando a pessoa gripada tosse ou espirra.

Os sintomas são febre alta no início do contágio, inflamação na garganta, calafrios, perda de apetite, irritação nos olhos, vômito, dores articulares, tosse, mal-estar e diarreia, principalmente em crianças.

Pelo fato de a influenza ser um vírus respiratório, assim como o que causa o Covid-19, a prevenção contra ela ocorre da mesma forma, ou seja, com distanciamento físico entre as pessoas, uso de máscara e higiene das mãos.

O período de incubação do vírus H3N2 é de três a cinco dias, quando começa a manifestação dos sintomas. Porém, também é possível que uma pessoa tenha a doença de uma forma assintomática, sem apresentar nenhuma reação.

Durante o período de incubação ou em casos de infecções assintomáticas, o paciente também pode transmitir a doença. O período de transmissão do vírus em crianças é de até 14 dias, enquanto nos adultos é de até sete dias.

A doença pode começar a ser transmitida até um dia antes do início do surgimento dos sintomas. O período de maior risco de contágio é quando há sintomas, sobretudo febre.

Principais sintomas da H3N2

Os sintomas de infecção pelo vírus H3N2 são os mesmos da infecção pela infecção pelo vírus H1N1, sendo eles:

– Febre alta, acima dos 38ºC;- Dor no corpo;- Dor de garganta;- Dor de cabeça;- Espirros;- Tosse,- Coriza;- Calafrios;- Cansaço excessivo;- Náuseas e vômitos;- Diarreia, que é mais frequente de acontecer em crianças;- Moleza

O que fazer caso surjam os sintomas

Pessoas que apresentarem sintomas gripais deverão procurar atendimento médico na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência.

Mesmo com letalidade menor que o Covid-19, o H3N2 tem mais chances de evoluir para casos graves em grupos de risco (crianças, idosos, gestantes e indivíduos com comorbidades). A propagação do vírus pode ter relação com a baixa cobertura vacinal contra a gripe e com a flexibilização das medidas de restrição e prevenção adotadas contra o Covid-19.

O Brasil possui vacinas que protegem contra o vírus Influenza A e B, no entanto, elas não são específicas para a variante H3N2, que está atingindo o País. De acordo com o Instituto Butantan, maior produtor de vacinas para a gripe do Hemisfério Sul, a previsão é de que a vacina para H3N2 chegue ao Brasil a partir de março deste ano.

Fontes: bvsms.saude.gov.br / tuasaude.com

Crédito da imagem: iStock.com/janiecbros

14 jan, 2022

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