O verão começa no dia 21 de dezembro, trazendo dias de sol intenso e a oportunidade de aproveitar momentos ao ar livre. No entanto, as altas temperaturas, cada vez mais extremas, apresentam desafios crescentes para a saúde, exigindo cuidados redobrados.
Foram frequentes em 2023 os alertas sobre “ondas de calor”, que aumentaram 642% nos últimos 60 anos no país, conforme uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Elas são definidas por um período mínimo de 6 dias consecutivos em que a temperatura máxima excede um limiar considerado extremo, superando em pelo menos 10% os padrões históricos de referência.
Entre 1991 e 2000, as temperaturas máximas acima da média não ultrapassavam 1,5°C. Porém, atingiram 3°C em alguns locais para o período de 2011 a 2020, especialmente na região Nordeste.
Por isso, adotar medidas para proteger a saúde e a pele não são apenas uma questão de conforto, mas uma necessidade para enfrentar os desafios que o verão impõe, garantindo que os momentos ao ar livre sejam seguros e agradáveis.
Impactos do aumento das temperaturas no corpo e na pele
Nos últimos anos, temperaturas extremas têm se tornado uma constante, aumentando os riscos de desidratação, insolação e problemas dermatológicos, como queimaduras solares, manchas e envelhecimento precoce da pele. O calor excessivo também pode desencadear condições como aumento da pressão arterial e exaustão térmica.
A pele, sendo a primeira barreira contra agentes externos, é altamente vulnerável. O excesso de exposição ao sol sem proteção adequada acelera o fotoenvelhecimento e eleva o risco de câncer de pele, uma preocupação que deve ser levada a sério durante o verão.
Inclusive, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) escolheu dezembro para instituir a campanha “Dezembro Laranja”, buscando a prevenção e detecção precoce do câncer no maior órgão do corpo humano.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as estimativas de incidência do câncer de pele não melanoma em 2020 foi de 176.930, sendo 83.770 homens e 93.160 mulheres. Já para o tipo melanoma a estimativa, neste mesmo período, foi de 8.450, sendo 4.200 homens e 4.250 mulheres.
O câncer de pele mais frequente no Brasil é o não melanoma e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país.
Dicas de cuidados com a pele para o verão
Use protetor solar diariamente
O protetor solar é indispensável. Escolha produtos com FPS 30 ou superior e reaplique a cada duas horas, especialmente se estiver suando ou após entrar na água.
Hidrate-se
Beba pelo menos 2 litros de água por dia e invista em produtos hidratantes para a pele com ingredientes como ácido hialurônico e aloe vera, que ajudam a reter a umidade.
Evite exposição solar nos horários de pico.
O sol é mais intenso entre 10h e 16h. Sempre que possível, procure sombra e use roupas leves, chapéus e óculos escuros para se proteger.
Invista em cuidados pós-sol
Após a exposição solar, lave o rosto e o corpo com água fria e utilize produtos calmantes, como loções à base de camomila ou pantenol, para evitar irritações e promover a recuperação da pele.
Cuidados com a saúde no verão
Além da pele, o corpo como um todo exige atenção durante a estação mais quente do ano.
Adapte sua alimentação
Consuma alimentos leves, ricos em água e nutrientes, como frutas, verduras e legumes. Evite refeições pesadas, que podem sobrecarregar o organismo.
Pratique atividade física com moderação
O calor pode ser desgastante para o corpo. Prefira exercícios no início da manhã ou no final da tarde, quando as temperaturas estão mais amenas.
Esteja atento aos sinais do corpo
Sintomas como tontura, fraqueza ou dor de cabeça podem ser sinais de desidratação ou superaquecimento. Nesses casos, procure hidratar-se imediatamente e, se necessário, procure ajuda médica.
Priorize o sono e o descanso
As noites quentes podem dificultar o sono. Invista em um ambiente fresco e mantenha uma rotina de sono para garantir energia e disposição.