Doença falciforme: caracterizada pelas alterações nos glóbulos vermelhos

Doença falciforme: caracterizada pelas alterações nos glóbulos vermelhos
A doença falciforme é causada por uma modificação no DNA. Tem causa genética e hereditária, caracterizada pela alteração nos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias). A doença falciforme recebe este nome porque com essa alteração, o formato do glóbulo, que habitualmente é arredondado, se torna parecido com uma foice, dificultando sua circulação pelos vasos sanguíneos e dificultando o fornecimento de oxigênio para o organismo. A alteração na estrutura da célula faz com que ela se rompa, provocando anemia. 

Apesar de a doença falciforme possuir particularidades e níveis variados de gravidade, ela causa complicações que podem afetar todos os órgãos e sistemas do paciente, provocando uma redução da capacidade de trabalhar e expectativa de vida, além da morbidade. A doença falciforme pode ser identificada ainda na triagem neonatal, com o teste do pezinho. Em adultos, o diagnóstico é feito por meio do exame de eletroforese de hemoglobina. O diagnóstico precoce é importante para que o tratamento seja iniciado o mais cedo possível. 

Sintomas da doença falciforme

Os sintomas da anemia falciforme podem ser diferentes em cada pessoa, aparecendo, geralmente, no segundo ano de vida da criança, sendo os principais: 

  • Dores nos ossos e articulações (em alguns casos, em qualquer parte do corpo), em consequência da obstrução dos vasos sanguíneos, com duração variável. As crises podem acontecer várias vezes ao ano e podem estar associadas a situações como o período menstrual, gravidez, desidratação, tempo frio, entre outros;
  • Infecções, principalmente em crianças, que podem apresentar mais quadros de pneumonias e meningites. Não deixe de vaciná-las para essas patologias, pois ajuda a prevenir complicações;
  • “Síndrome mão-pé” que acomete crianças pequenas com inchaço, dor e vermelhidão nessas áreas; 
  • Úlcera (ferida) de perna, que ocorre a partir da adolescência na região próxima aos tornozelos. Elas podem ser evitadas com o uso de meias grossas e sapatos;
  • “Sequestro do sangue no baço” é quando existe um aprisionamento de sangue no baço levando à diminuição dos glóbulos vermelhos circulantes, com risco de morte, que pode atingir as crianças com anemia falciforme. 

Tratamento da doença falciforme

Não existe cura para a doença falciforme, mas um tratamento capaz de minimizar as complicações da doença e melhorar a qualidade de vida dos acometidos, baseado em um programa de atenção integral, que tem início ainda bebê e segue por toda a vida, com acompanhamento médico, avaliação periódica e exames laboratoriais para verificação dos índices de hemoglobina e alterações.

Prevenção da doença falciforme

É possível ter algumas atitudes que colaboram com a melhora do estilo de vida:

  • Mantenha um acompanhamento com nutricionista para ter os níveis de vitaminas e sais minerais sempre no recomendado;
  • Cuidados com infecções oportunistas como a salmonela, por exemplo, que pode agravar a condição dos pacientes com anemia falciforme;
  • Tenha uma boa higiene oral, evitando infecções dentárias;
  • Mantenha a vacinação em dia, obedecendo o calendário de vacinação nacional. Vacinas contra o vírus influenza, pneumococo e meningite são obrigatórias, junto com hepatite;
  • Os primeiros sinais da doença, como palidez, aumento do baço e febre, devem ser tratados o mais rápido possível, para identificar o foco de infecção e impedir seu avanço.

Fonte: eurofarma.com.br

Crédito da imagem: iStock.com.br/Dr_Microbe