19 de março, 2021

Síndrome de Down: qualidade de vida para os pacientes e responsáveis

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil há cerca de 300 mil pessoas com Síndrome de Down. E assim como todos os brasileiros, um direito que todas essas pessoas têm é o de viver com qualidade de vida.

Celebrado em 21 de março, o Dia Internacional da Síndrome de Down existe para disseminar informações e alertar a população sobre a inclusão, estimulando o debate sobre alternativas para aumentar a visibilidade social das pessoas com Down.

Estudos internacionais indicam que a expectativa de vida de uma pessoa com Síndrome de Down aumentou cerca de 3,75 vezes nos últimos 40 anos, podendo, futuramente, se igualar à da população em geral. Segundo o IBGE, a expectativa de vida ao nascer é de 76 anos.

Alinhado a esse fato, o Down Syndrome International estipulou como o mote para as ações do Dia Internacional da Síndrome de Down este ano o tema “Nós decidimos – Garantindo que todas as pessoas com Síndrome de Down possam participar plenamente da tomada de decisões sobre assuntos relacionados ou que afetem suas vidas”.

Entendendo a questãoÉ preciso destacar que a Síndrome de Down – ou trissomia do cromossomo 21 – não é uma doença, mas uma alteração genética causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células do indivíduo, ou seja: as pessoas com a síndrome têm em suas células 47 cromossomos e não 46, como a maior parte da população.

Ainda na infância, é possível perceber algumas das principais características: olhos amendoados, estatura menor e desenvolvimento físico, mental e intelectual mais devagar, quando comparado ao das demais crianças.

Esses aspectos, entre outros, terão intensidades diferentes de indivíduo para indivíduo. Por isso que o desenvolvimento das pessoas com Down é possível de ser muito positivo, sobretudo se receberem incentivo e estímulos de familiares e amigos, principalmente nos primeiros anos de vida.

Ao constatar o diagnóstico de Down, é importante que os pais busquem por informações e entendam que aquela criança terá muito mais características semelhantes do que diferenças das outras crianças da mesma idade, podendo estudar, amar, ler, escrever, se divertir e, no futuro, trabalhar e viver conforme os seus gostos e necessidades.

Vivendo e convivendoDesde o momento do diagnóstico, que costuma acontecer durante a gestação, o indivíduo com Síndrome de Down tem o direito de viver com dignidade. E o quanto antes for comprovado que a pessoa possui a trissomia do cromossomo 21, mais tempo haverá para receber estímulos externos que farão com que sua qualidade de vida seja a melhor possível por muito mais tempo.

Este mês, o Departamento Científico de Genética da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou a atualização das Diretrizes de Atenção à saúde de Pessoas com Síndrome de Down, documento que orienta equipes multiprofissionais para o cuidado integral à saúde da pessoa com a condição, durante toda a sua vida, nos diferentes pontos de atenção da rede de serviço.

Mesmo que atualmente haja avanços e muitas pessoas com Down tenham melhor qualidade de vida, por conta do acesso à informações, o preconceito ainda existe e é preciso que seja combatido. E o Dia Internacional da Síndrome de Down foi criado também para isso: conscientizar a todos de que as pessoas com Down não devem ser vistas de modo diferente, mas como indivíduos que têm necessidades adicionais.

Crédito da imagem: FG_Trade – iStock.

19 mar, 2021

Compartilhe

Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.